Brooklyn East India Pale Ale

Domingão, céu meio nublado em Porto Alegre, um clima nem muito quente, nem frio, nada pra fazer, último dia de férias na Ufrgs... Que tal uma bela IPA pra dar uma inspirada?

A Brooklyn Brewery é uma marca de qualidade amplamente reconhecida, na ativa desde 1988. A cervejaria produz uma rica variedade de estilos, contando também com várias edições sazonais e versões especiais.
Ah, e eu adorei o site da Brooklyn, vale a pena dar uma vasculhada: http://brooklynbrewery.com/





Vitz:

Bah, o aroma é bem ressaltado. A cor dela puxa pro palha, mas é avermelhada e é bem translúcida. Tem bastante CO2 no aroma (tipo refrigerante), mas também é refrescante, com cheirinho de lúpulo. O sabor das IPA terminam se sobressaindo muito no lúpulo pra mim. E essa cerveja é amarga ao ponto de eu não conseguir curtir muito...

Nota:  7

Gabi:
Nossa, até a espuma tem gosto forte! - acho que eu vou gostar. O aroma é super lupulado. É, e de fato é bem amarga! Mas estranhamente no final dá pra sentir um gosto doce do malte. Acho que valeu a pena pagar 10 pila por ela... Ah, e a cor é alaranjada, linda e bem filtrada.

Nota: 7,5

St. Gallen Weissbier

Encontramos essa weiss da St Gallen em edição comemorativa, vindo em uma bela garrafa e a um preço acessível, e então decidimos prová-la. A St Gallen é produzida em Teresopolis, no RJ, pela da mesma cervejaria da Therezópolis. Ambas as marcas são bem comuns nas prateleiras dos mercados, sendo que a St Gallen é mais frequentemente encontrada na sua garrafa de 600mL.

Vito:
Bem, sempre é legal começar a beber estourando uma rolha né? Começa bem essa cerveja... Tudo bem feitinho, rótulo, garrafa, rolha, tudo muito bonito, mas vamos ao que importa! É uma cerveja levemente opaca, mas não é totalmente aquele amarelo que muitas Weiss apresentam. A pouco tempo aprendi que existem maltes de trigo que deixam a cerveja com essa coloração, um amarelinho com fundo âmbar. Espuma cremosa, densa e persistente. O aroma é bem complexo, mas tem os cheiros de cravo e banana como os predominantes. É uma cerveja de corpo leve, aguada e, pro meu gosto poderia ser um pouco mais encorpada, mas combina com o calor da época destinada ao consumo (verão). Gosto doce, com especiarias, amargor sutil e residual fresco, meio frutado amargo... Baita ceva, vale muito pelo conjunto da obra e pra fazer uma preza no fim de ano, estourando uma cervejinha!
Nota: 7,5

Gabi:
Já deu pra perceber que a espuma é fina mas persistente, e vai deixando marcas residuais pelo copo conforme a cerveja vai sendo bebida. Ainda quanto a aparência, sua cor é muito bonita, de um amarelo claro puxando para um alaranjado mais escuro no centro. Tem propriedades bastante aromáticas, com uma mistura de vários cheiros, mas tendo um toque de especiarias ressaltado. É bebida sem maiores devaneios, sendo bem leve e docinha, acredito que vá agradar a grande parte dos paladares. O amargor é fraco, o gosto é pouco complexo, lembrando basicamente especiarias (principalmente cravo) envolvidas por um leve caramelo. Me parece que falta alguma coisa no paladar, como se não estivesse completa, é pouco encorpada. Contudo, acho que fecha bem com uma proposta voltada para verão e, sendo assim, deve ser melhor quando bebida numa temperatura mais baixa do que eu provei.
Nota: 7,0

The Rev. James

A The Rev James se autodesigna como uma cerveja parada na história, sendo fabricada a partir de uma receita de 1885, no País de Gales. Ela foi nomeada em homenagem a um dos proprietários originais da Buckley Brewery, o Rev. James Bruckley, cuja vida conflitante se dividia entre salvar almas e satisfazer paladares.  

Vito:
Uma baita cerveja. Rótulo, garrafa, tampinha, tudo impecavelmente bonito. Espuma fininha e persistente, dura vários minutos mas só na borda do copo... A coloração é um cobre/carvalho, muito transparente. Aroma rico, mas predomina frutado e melado. Da pra sentir também um leve aroma do lúpulo também. Pela cor eu esperaria uma cerveja mais forte, mas ainda sim é encorpada. No sabor predomina um lúpulo ressaltado, mas não muito forte, bem gostoso! E esta cheia de sabores frutados, caramelados e até café!

Pra mim é aquela cerveja que meio litro tu demora uns 40 minutos pra beber, bem gostosa pra um clima modorrento e gelado. Gostei!

Nota: 8,5

Gabi: 
Com um tom castanho claro avermelhado, é uma cerveja bem transparente, com uma espuminha que logo afina, mas é cremosa e persistente. Eu adorei o casamento entre o amargor caprichado e as notas carameladas e torradas, lembrando bastante o melado e um pouco o café. A combinação de sabores está muito bem formada, deixando a ceva com uma impressão bem completa. O aroma também não deixa a desejar, sendo que nele predomina um doce bem composto, mas também dá para sentir um pouco de lúpulo. Para finalizar, o gosto residual toma conta de toda a boca, mas de uma forma suave, o que faz valer a pena esperar um pouco para o próximo gole. Com certeza esse tal de Reverendo James teve um bom gosto para bebidas.

Nota: 9,0

Wells Bombardier

A produção dessa English Premium Bitter é responsabilidade da Wells & Youngs Brewing Company, localizada em Bedford, na Inglaterra. A Wells Bombardier tem 5.2% de álcool e vem numa bela garrafa de 500mL, com a cruz de St George impressa no rótulo. Não é a toa, essa é a cerveja ícone das festas desse santo por lá. No geral, esse é um rótulo que aparece com bastante frequência nos pubs ingleses, sendo que também já é exportado para mais de 20 países.
Parece que o pessoal da Wells investiu alto numa campanha publicitária (leia-se 4 milhões de euros) com um famoso comediante de lá chamado Rik Mayall, onde ele adota o papel de "Bombardier". Os comerciais são um tanto excêntricos, e dá para assisti-los no link: http://www.youtube.com/bombardierbeers
Enfim, chega de blablabla, pois hoje temos a ilustre presença do nosso amigo Tião por aqui! Sendo assim, aí vão as nossas impressões:

Gabi: O aroma dessa ale é muito bom, com leves notas torradas e carameladas. A espuma que não é espessa, mas é bem cremosa, e vem acompanhada de um gosto complexo, que deixa um residual amargo ao mesmo tempo em que apresenta um sabor adocicado e frutado. O amargor é notável, mas encaixou muito bem com o sabor intenso, tanto que até passar meio despercebido. Quanto a coloração, é realmente muito bonita, me lembrou um vinho rose escurecido.
Nota: 8,5

Victorio: Para mim, a coloração é cobre, lembrando um cereja escuro, bem transparente, muito bonita.  Senti um aroma bem acentuado de fermento, mas também existe um leve toque torrado. O seu sabor é leve, e até um pouquinho salgado e adstringente. Já o amargor é intenso ao primeiro gole, mas logo vai dissipando, o que é bem interessante.

Nota: 7,5

Tião: Começo ressaltando a beleza do vasilhame e do rótulo. *Gira a cerveja em torno das diferentes luzes da sala, da uma fungada bem comprida na cerveja enquanto mantem os olhos perdidos no além, até falar* ´Bem, tem uma cor vermelho alaranjada, enquanto que o aroma é frutado e levemente torrado. No sabor também há leves notas torradas e um amargor gostoso. Consigo perceber o lúpulo no resíduo, depois de engolir. Enfim, a ceva é boa!
Nota: 7,5

Hook Norton Old Hooky

Hoje temos aqui uma English Brown Ale da Hook Norton, fabricada na Inglaterra. Ela é balanceada e leve, com graduação alcoólica de 4.6%.
Ontem no mercado vi que o rótulo da linha mudou um pouco, esse da foto ainda é a versão antiga. Enfim, no site da Hooky Norton tem um monte de informações legais, para quem se interessar, e é bem bonitinho também! http://www.hooky.co.uk/

Vitz:

O aroma lembra caramelo e açúcar mascavo, enquanto que a coloração é de um âmbar escuro e transparente. Tem pouca espuma, mas isso até que parece combinar com a cerveja. E o gosto, nossa, bem bom! É até um pouco amarga pra ser uma das minhas favoritas, mas o amargor fica muito gostoso combinado com o sabor. Apesar de estar indicado no rótulo, não achei muito frutada, contudo, ainda é muito aromática.

Nota: 8

Gabi:

Que aroma refrescante, e bem frutado! A cor é muito bonita, dourada escura. O amargor está bem ressaltado e encaixado no seu devido lugar. No paladar tem um caramelo bem destacado e, no geral, o gosto é bem completo, não parece estar nada faltando.

Nota: 8,5

Zatec Zatecky Pivovar Dark Lager

Então, procurando um pouco sobre a Zatec, encontrei coisas bem interessantes, tipo, esse rótulo é um projeto conjunto entre a Zatec e o centro de estudos e pesquisa do lúpulo da cidade (!), o Hop Research Institute que existe desde 1950. E o pessoal de lá pelo jeito é fissurado mesmo em lúpulo, existem dois museus dedicados a ele na cidade! 
Outra curiosidade é que a Zatec Dark Lager é também conhecida como Xantho, pois é produzida de forma a ter maiores quantidades de Xanthohumol, um polifenol encontrado no lúpulo que age na estabilização dos níveis de colesterol, redução de oxidantes e tem propriedades anticancerígenas.
Depois de citar tantas qualidades, aí seguem as nossas impressões:

Vitz: Parece que está saindo sangrando da boca de um gigante tcheco. Parece o guspe de fogo da guela de um dragão ardente. Ela fica bem preta, mas dá pra enxergar um vermelho no fundo. A espuma é bem persistente. Tem um cheiro forte de açúcar queimado. E ela é bem transparente pra um cerveja escura. Ela tem até um amargorzinho bem ressaltado pra uma escura. Deixa o tradicional gostinho de café no fundo. Ótima.
Nota: 8

Gabi: A cor é muito bonita, bem escurecida e com nuances avermelhadas. Aroma bem ressaltado, um cheiro doce, denso e queimado. Um gosto dos deuses! Nossa, claramente lembra chocolate, com toques de açúcar caramelizado e um discreto defumado. Apenas senti falta de uma espuma mais espessa, pelo gosto e aroma acho que a espuma seria ótima se fosse mais consistente.

Nota: 8,5

La Goudale

Essa belezinha aqui é a charmosa francesa La Goudale, uma Ale do estilo Bière de Garde. É fabricada pela Les Brasseurs de Gayant, seguindo uma receita medieval e com surpreendentes 7,2% de álcool. O site da cervejaria não é tão charmoso como a nossa Goudale, mas enfim, esse é o site: http://www.brasseurs-gayant.com/anglais/

Dessa vez só eu, Gabi, irei apresentar minhas opiniões, pois o Victorio estava ocupado demais jogando video game infelizmente não pode participar. Então, aí vai:

O aspecto é lindo, de coloração âmbar e espuma cremosa. O aroma é muito bom, refrescante, cítrico (lembra laranja) e com notas de especiarias. Ao paladar, é uma cerveja bem marcante, com personalidade e  um notável sabor seco e notas frutadas. Forma um conjunto de sabores bem complexo e bem equilibrado, sem deixar de ser leve e agradável de beber. O gosto residual é bem forte e deixa uma lembrança de álcool.

Barba Roja Weiss

Gente do céu! A Gabi trouxe um carregamento de cerveja da Argentina... Ontem iniciamos os "experimentos".
E começamos com uma cervejinha bizarra! Barba Roja Weiss, é uma artesanal argentina, com míseros 3% de alcool e com uma embalagem digamos, estranha. A tampinha tem um aro que tu abre com os dedos, bom sistema... Então, vamos as nossas impressões!

Gabi: Bem, até que é meio transparente para uma weiss, sendo que a cor vai de um amarelo palha a um amarelo médio, e a espuma é bem rala, depois de um tempinho quase desaparece e fica só nas bordas. É bem aromática, com um aroma leve e adocicado bem diferente. Já o gosto é meio pobre, o doce predomina e não deixa o malte aparecer, e o amargor, oi? Praticamente não tem amargor. Na verdade, o gosto parece bastante com um "suco de cevada", ou seja, a cerveja antes de ir para a fermentação (pra ter uma noção de como ela é doce mesmo, além de ser pouco alcoólica). Ah, e a embalagem é, sinceramente, feia.

Nota: 5,0

Vito: Uma cerveja palha, sensivelmente fosca, com espuma persistente e estreita. O aroma é bem doce e frutado... Essa combinação chega a me lembrar cheiro de batom! Cheiro bem legal. Agora, o gosto é de melado... Mas não aquele melado agradável que acompanha diversas cervejas de ótima qualidade, é gosto de melado, melado doce, feito de pura garapa. Em síntese, extremamente doce! Parece que, pelo alcool e pelo gosto, a fermentação não vai até o fim. É bem interessante pra ser sincero, mas olha, mais que uma longneck dessa cerveja, possivelmente faz com que tu desenvolva uma forma branda de diabetes e se tu já tem, é possível que caia tendo espasmos com a quantidade de glicose na tua corrente sanguinea! Amargor bem perceptivel, destacado até pra uma weiss, eu gostei disso. Em síntese, uma cerveja bizarra! Vale pela experiência.

Nota: 6,5

Paulaner Premium Lager - Lata 500mL

Entrando um pouco na história dessa marca amplamente reconhecida, o nome Paulaner remete à "Ordem dos Mínimos" (Paulaner Orden, em alemão). Essa foi uma ordem religiosa fundada por São Francisco de Paula em Munique no século XVI. É esse o cara que aparece no logotipo das latas e garrafas da Paulaner. Bem, os monges dessa Ordem fabricavam sua própria cerveja desde 1634, sendo que a mais tradicional deles era a Bock. Já em 1799, a Abadia de Kloster virou uma prisão, e a sua cervejaria foi comprada por um mestre cervejeiro local. A partir de 1813, ele continuou a tradição dos antigos monges elaborando uma Starkbier denominada Salvator. Em 1861, duas cervejarias se uniram pra formar a nova Paulaner.  

Gabi: De cor amarelo clara, é finamente filtrada e tem uma espuma bem fininha, é pobremente aromática, mas não deixa de honrar a fama da Paulaner: tem um gosto muito agradável e completo. De fato, não é nada revolucionária, mas sua qualidade é claramente perceptível no primeiro gole. O amargor é leve, na verdade a cerveja em si tem um caráter bem leve e refrescante. É pouco complexa, mas parece ótima para o verão.

Nota: 8,0

Vitz: Cerveja super clara e transparente, com pouquíssima espuma. Aroma muito sutil tem certo frutado e lupulo... Leve, é uma cerveja que pra mim, sinceramente, não pareceu nada de mais. O amargor é pouco ressaltado mas bem casado com a cerveja. Aquela legítima cerveja pra quando tu ta descornado e quer entornar o caneco, porque, pelo que percebi, da pra tomar vários litros dessa ceva sem perceber.

Nota: 7,0

Brune Chimay

A Brune Chimay é produzida na Bélgica pela S.A. Bieres de Chimay e pertence ao honrável selo trapista. As trapistas são cervejas fabricadas sob a supervisão de monges, sendo que atualmente só existem 7 mosteiros ao redor do mundo autorizados a fabricar cervejas desse estilo. São todas de fermentação alta com sabor intenso, contendo malte escuro e bastante lúpulo na receita.

Preço: $$$

Então, aí seguem as nossas impressões, hoje contando com o nosso ilustríssimo convidado Tião!

Gabi: Essa trapista tem um coloração muito bonita, de um vermelho escuro a um cobrado alaranjado, mais turvo. Bem, não dá pra negar que é amarga, como eu gosto, mas não se preocupem que não é amarga demais não. Apresenta um belo aroma frutado e herbal, e na verdade até que é leve, não é muito forte. Já a sua espuma não é muito cremosa, mas é bem presente. A combinação de maltes é muito bem formulada, tom toques levemente torrados, realmente fazendo jus a fama e a tradição.

Nota: 8

Vitz: E uma cerveja turva de cor cobreada-escuro. Saborosa e adocicada. Dá para sentir o gosto de malte, lembra um pouco pão... Tem um quê de álcool subindo pelas narinas. Lembra um pouquinho cheiro de ervas frescas... Espuma persistente e pouco espessa, em torno de meio centímetro... Amargor bem ressaltado na espuma e residual forte no liquido.

Nota: 7,5

Tião:  Tem um cheirinho adstringente, já o sabor é bem agradável. Posso sentir o gosto do lúpulo bem no fundo da garganta, e ela também é bastante encorpada. Ela é bem intensa e, na verdade, pessoalmente eu prefiro cervejas mais leves.

Nota: 7

Zatec - Zatecky Pivovar

Zatec é uma Checa região muito famosa por seus lúpulos. Daí para o desenvolvimento de cervejarias foi um passo curto.

A cervejaria Zatec, fundada em 1801, fica dentro do castelo de Zatec. Essa cervejaria quase se extinguiu durante o período do comunismo e somente nos anos 2000, após investimentos de empresários locais a cervejaria foi rejuvenescida e teve sua produção aumentada.

E hoje vamos provar a Zatecky Pivovar! Aí vai nossas impressões...

Gabi: Assim como a outra Zatec que já provamos, a garrafa é bem estilosa, realmente parece algo vindo do Império Russo - quase dá pra imaginar um czar com uma dessas na mão. Já a cerveja em si é bem transparente, vai de amarelo claro ao palha. A espuma reduziu bastante em pouco tempo. Tem um aroma doce, muito bom e refrescante, mas não sei identificar exatamente. O gosto é fantástico!  Bem refrescante leve, mas tem um gosto bem característico e completo, é pouco doce e tem um amargor bem notável que permanece tomando conta da metade final da língua. Nossa, eu adorei! Acho que nunca bebi uma tão clara e transparente que eu tivesse gostado tanto. Todas as cervejas deveriam ser assim, com característica e qualidade. Ahhh!

Nota: 9,5

Victorio: É, ela é bem transparente e tem uma coloração do amarelo claro pro palha, e uma espuma bem persistente, mas não muito espessa. Tem um aroma refrescante, e um cheiro forte de lúpulo. Uma cerveja, olha só, leve, mas com um corpo ressaltado. Eu entendo o que a Gabi quer dizer com excelente, eu diria que ela ia adorar mesmo devido ao seu amargor bem encaixado, mesmo não sendo extremamente amarga. E ela tem um gosto adstringente sabe? Deixa mesmo bem ressaltado um gosto no fundo da língua. E olha que também tem um quê de melado que só consegui perceber mais tarde, principalmente se ao não deixá-la chegar logo no fundo da língua, quando o amargor toma conta de todos os receptores. Eu gostei bastante, mas tenho que não conseguiria beber grandes quantidades dela, devido ao amargor. De qualquer forma, é uma cerveja excelente!

Nota: 8,5

Stella Galicia

A Estrella Galicia é uma tradicional cervejaria espanhola, com produção inciada em 1905. Faz o tipo Lager estilo Pilsener, com média graduação alcóolica (4,7%).

Preço: $

Gabi: Pilsen basicona... É melhor que Skol, menos aguada. Não tem gosto acentuado, não mexe com o paladar. A espuma até que é bem cremosa, mas a cor é clara, amarela.

Nota: 4

Vitz: Aroma muito sutil, quase não da para sentir, mas é tão fraco que se sente o cheiro das coisas em volta e não o da cerveja. Cerveja um pouquinho mais encorpada que as nossas pilsen de mercado. Amargor suave mas presente, deixa um gosto residual um pouquinho metálico. Espuma fina mas até que é cremosa.

Nota: 4,5

Eisenbahn Pale Ale

A Eisenbahn é mais uma bela cervejaria dos nossos vizinhos catarinenses de Joinville. Fundada em 2002, hoje ela - ironicamente - pertence ao grupo Schincariol (ahh se a Nova Schin fosse assim). Enfim, acredito que as da Eisenbahn estão entre as mais difundidas cervejas de qualidade aqui pelo Sul, e podem ser tranquilamente encontradas nos maiores mercados. Essa Pale Ale é uma das mais clássicas e aí vão as nossas opiniões sobre ela: 

Gabi: Eu gosto um monte dessa cerveja. É forte e amarga na medida certa, até é um pouco refrescante e cítrica. Assim, é marcante, mas não torna-se enjoativa. O cheiro é fraquinho e não muito característico. Tem bastante espuma, que é persistente e moderadamente cremosa.
Nota: 7,5

Vitz: Para uma Pale Ale, é bem refrescante, o amargor é bem equilibrado. É levemente frutada e com um pouco de gosto de açúcar queimado. Tem pouco cheiro, mas mesmo leve é agradável.
Nota: 8,0

Hacker-Pschorr Münchner Kellerbier

Essa bela garrafa de Lager Kellerbier é fabricada em Munique pela Hacker-Pschorr, pertencente a famosa Paulaner. No rótulo consta o número 1417. Sim, as Kellerbiers são características por serem produzidas da mesma forma desde a Idade Média, não são filtradas nem pasteurizadas - uma relíquia! Como se não bastasse, costumam ter um alto teor de vitaminas devido a presença das leveduras - altamente saudáveis!

Infelizmente o site era complicado e alemão demais para a minha capacidade de compreensão, mas aparentemente é bem interessante, com um monte de coisas sobre Munique... Se alguém quiser se aventurar, fique a vontade! http://www.hacker-pschorr.de/

Enfim, aí vão as nossas impressões:


Vito: Uma cerveja que vem em uma galante garrafa, daquelas com a rolha embutida, muito bonita. No virar do copo, da pra sentir o liquido cobreado fosco revolvendo o fundo do copo gelado e parte dele se tornando numa espuma crescente, que logo assume sua forma final, fina e bem formada. O aroma é de cevada crua! Pra quem nunca cozinhou cerveja, o cheiro que fica em sua cozinha é parecido com o dessa cerveja. O gosto parece seco, tipo, ele não se estende muito na tua boca... Mas da pra distinguir um pouco de caramelo. Amargor bem sútil e pouco saliente, não tenho certeza, mas creio que essa cerveja não tenha lúpulo... Conferirei. Muito massa a ceva!

Nota: 8,5


Gabi: Essa alemã assume uma cor bem viva, alaranjada, e notavelmente fosca - afinal, ela não é filtrada. Seu gosto é complexo, cheio e interessante. Bem, é um gosto caramelado, torrado, e também lembra mel, mas apesar disso não é muito doce. Também é super bem equilibrada no amargor. Só a sua espuma que não é muito persistente - pelo menos o que restou para mim depois de passar pelas mãos do Victorio. E também não lá das mais aromáticas, apenas percebi uns nuances de malte. Enfim, no geral é uma cerveja muito boa!

Nota: 8,5

Tabela periódica interativa das cervejas

Eis que vagando sem rumo pela internet, encontrei uma ferramenta muito interessante - apresento-lhes a tabela periódica das cervejas! Clicando em cima de cada modalidade aparece as principais características, e no próprio "elemento" também tem umas informações bem legais, tipo o % ABV, IBU e SRM. Hum, mas o que significam essas siglas? Ali embaixo eu já explico!

% ABV: é simplesmente a porcentagem de álcool. As de baixo teor alcoólico tem de 0,5 a 2%, as de teor médio tem entre 2 e 4,5%, já são consideradas de alto teor as com ABV acima de 4,5%.

SRM (Standart Reference Method): é uma escala que avalia a cor da cerveja, variando de 2 a 3 para o amarelo-palha até acima de 40 para o preto opaco.

IBU (International Bitter Units): essa é a medida de amargor, podendo apresentar valores de 10 até acima de 60. 

Acessem e divirtam-se! http://www.tabeladacerveja.com.br/ 

Baltika 8 Premium Lager

Baltika é uma reconhecida cerveja russa, originária de São Petersburgo. Está entre as mais consumidas da Rússica, e em termos de volume é a mais consumida da Europa! Atualmente é importada para mais de 70 países, e correspondem a 40% das vendas do mercado russo, estando disponíveis em 98% dos pontos de venda do país. 
Mesmo sendo uma cerveja produzida em grande escala, sua qualidade é notável e mundialmente reconhecida. A Baltika degustada dessa vez foi a 8 Premium Lager, de teor alcóolico 5.2%.

Preço: $$

Gabi: Cheiro de lupulo! Espuma bem cremosa e persistente... Tem um amargo que fica no céu da boca, que é mais forte no inicio. Coloração dourado claro, bem transparente, muito bonita. O sabor é bem cheio, completa a boca... Tem um gosto forte mas não é pesada!

Nota: 8,5

Tião (convidado): Aroma muito bom, inicialmente de lúpulo, mas numa segunda cheirada, cheirinho de pão... Tem um sabor cheio e equilibrado, nada muito ressaltado. Coloração dourada muito bonita, bem transparente. Espuma persistente. É boa, recomendo.

Nota: 8,5

Victorio: A cerveja é bem transparente, numa coloração dourada clara. Aroma fresco de lúpulo com notas de levedura, bem leve. Espuma não muito espessa, mas cremosa... Sabor bem completo mas não muito forte, um pouquinho caramelado. Tem um amargor muito bem encaixado com a cerveja, muito gostoso. Uma cerveja muito boa!

Nota:7,5

Bohemia Confraria

A Bohemia Confraria foi lançada em 2005, inicialmente como uma edição especial que deu certo. O seu estilo é Abadia, inspirada das receitas dos mosteiros belgas da Idade Média (possui aveia na composição!). Seu teor alcoolico é 6,2%.

Preço: $$

Gabi: Coloração dourada escura, quase alaranjada, bem bonita. Pouquíssima espuma. É amarguinha, mas bem equilibrada, pois o gosto caramelado quebra o amargor. Aroma refrescante, que é levemente frutado e lembra banana. Na verdade eu a definiria como estranha, não tem como definir muito bem... De qualquer forma, é bem bebível.

Nota: 7

Vitz: Aroma de médio corpo, bem refrescante, frutado e adstringente, bem gostoso. Coloração similar a uma Pale Ale, cobre fraco. Tem gosto quase de uma Weiss! Forte na característica de cravo, bem refrescante.

Preço: 7

Local da compra: Bourbon Ipiranga

OPA Bier Weizen

A OPA, é uma cerveja de Joinville e, segundo o site deles, a Weizen é: encorpada com maltes de trigo e cevada. Possui sabor e aroma frutados e preserva suas propriedades naturais por não passar pelo processo de filtração. Ideal para acompanhar pratos apimentados como os da culinária mexicana e indiana. Frutos do mar, saladas e salsicha branca. Queijos: Suíço, Edam, Gruyere, Emmental, e Provolone.

Após essa linda e despretensiosa descrição, seguem as nossas impressões!

Gabi: Não é muito aromática pra uma Weiss, o aroma é frutado, mas é fraco. Já a coloração é bonita, é bem opaca e de cor amarelo escuro esbranquiçado. A espuma é pouco persistente. De sabor, tem uma presença forte e lembra banana. O amargor é bem fraco, mas mesmo assim não é das Weiss mais leves, o gosto do malte é bem acentuado e também não é muito doce. Resumindo, é uma boa compra, é gostosa, fácil de encontrar e de preço acessível.
Nota: 7,5

Victorio: Aroma forte de cravo e um pouco frutado. É bem opaca e tem uma cor de palha. O sabor também é forte em cravo. A espuma não é muito persistente mesmo, depois de alguns minutos se mantém com menos de um centímetro. O amargor é bem fraco, mas fica bom com a cerveja, que tem um gostinho mais cheio.
Nota: 7

Preço: $$

Como a cerveja salvou o mundo!

Documentário interessantíssimo revelando a história completa da bebida mais importante do universo!

(para ser assistido com parcimônia e bom humor)